Por Guido Pinto Teles – “O Cronista da Bola”
O apito final do mercado está prestes a soar, e com ele definem-se os plantéis que vão carregar os sonhos até ao fim da Temporada 6. As peças estão no tabuleiro, e a reta final promete ser um xadrez em que cada jogada pode valer uma taça… ou uma crise.
Os londrinos resolveram a novela: Xavi saiu para o Sevilla e, em troca, regressou o veterano Peter Schmeichel. Uma troca que devolve ao Arsenal a segurança entre os postes, sem hipotecar o futuro. O plantel de Carlo Ancelotti respira equilíbrio e apresenta-se como candidato firme em ambas as frentes.
Eliminado precocemente da Copa, o Liverpool ainda pode garantir classificação na Liga, mas os sinais são claros: este grupo já vive os últimos acordes de uma sinfonia gloriosa. Marcello Lippi tenta prolongar o brilho, mas o relógio não perdoa.
A revolução do City não atingiu o impacto esperado, mas a chegada de Arrigo Sacchi deu nova vida ao plantel. A classificação manteve a chama viva na Copa e a equipe promete luta nas finais da Liga. O senão? O mister anunciou que se retira ao final da época, deixando uma incógnita no horizonte.
No United, a saída de Johan Cruyff para o Atlético foi o estopim. O treinador levou consigo Francesco Totti, e logo a seguir Giuseppe Bergomi e Dida também se despediram. O presente é turbulento, mas a diretoria aposta no futuro: muitas opções de draft e ambição de títulos nas próximas épocas.
No lado colchonero de Madri, a hora é agora. Com novo comando e o experiente Stefan Effenberg a completar o plantel, o Atlético alinha todas as fichas nesta temporada. É um all-in declarado. Se falhar, a fatura será pesada; se resultar, entrará na história.
O Barcelona parece ter chegado ao fundo do poço — novamente. A época confirmou os piores prognósticos: eliminação precoce na Copa e último lugar quase certo na Liga. O único raio de esperança atende pelo nome de Lionel Messi, que desponta como a promessa de futuro brilhante. Pergunta que fica: será o Camp Nou a sua casa?
Com pouca chama, o Real foi mero figurante tanto na Copa como na Liga. Fabio Capello já anunciou a aposentadoria, e apenas Sergio Ramos deve permanecer como pilar. A próxima temporada é uma incógnita: não há ilusões de grandeza, mas também há margem para crescer.
O Sevilla desponta como o grande favorito após movimentação cirúrgica no mercado. As chegadas de Xavi e Giuseppe Bergomi colocam os andaluzes como fortes candidatos à dobradinha — uma conquista inédita. A falta de picks para o futuro pode pesar, mas o orçamento segue preservado e a equipe promete se manter competitiva. Já o presente, nunca foi tão promissor.
Com nova vitória no Olímpico de Roma, a Inter garantiu a classificação na Copa, mas precisará de um 3º triunfo consecutivo para obter a vaga na Liga. O jovem John Terry impressiona, e ao lado de Rafa Benítez pode formar a base de um futuro competitivo. O brilho dessa temporada pode ficar limitado à Copa, mas já é um passo em frente.
Na Juve, a esperança segue viva. Oscilante, mas competitivo, o plantel bianconero garantiu presença na Copa e encaminhou a vaga na Liga. A chegada de Iker Casillas pode ser o detalhe que faltava para transformar potencial em troféus. O futuro trará desafios financeiros, mas nada está perdido.
Apesar dos nomes de peso, a equipa do Milan ficou aquém: a Copa escapou por pouco e a Liga nunca foi uma meta real. A chegada de Steven Gerrard sinaliza uma temporada de transição e a aposta nos jovens médios que podem tornar os rossoneri favoritos da Itália na próxima época.
A Roma calhou de ser a grande surpresa da Liga. Louis Van Gaal acertou na estratégia e a chegada de Dida, em grande forma, aparentemente resolveu os problemas defensivos. O ataque segue implacável, mas o investimento foi pesado. O momento é brilhante; o futuro, incerto.
No fecho do mercado, a Temporada 6 ganha contornos épicos: favoritos confirmam-se, gigantes se reinventam e novos protagonistas emergem. Como dizia o amigo e mestre Vitor, “na bola, nada é eterno… mas tudo pode ser inesquecível”.